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domingo, 29 de março de 2009

RESUMO TEXTO DE PEDRO PAULO FUNARI
“OS HISTORIADORES E A CULTURA MATERIAL”

O texto de Pedro Paulo Funari trás em seu inicio um apanhado do que foi a história antes do século XIX, relatando a importância greco – romana para o surgimento da mesma. A história durante algum tempo foi dominada pelo pensamento positivista, que aceitava como possíveis comprovantes, documentos escritos e deixava para trás a maior parte do passado humano, uma vez que esse passado está mais em documento não-escritos do que ao inverso. Mas com o passar do tempo esse pensamento começou a mudar, e a visão que se tinha diante de monumentos e objetos antigos foi tomando um caminho diferente do até então vivenciado. A valorização de tudo que foi produzido pelo homem passado agora seria uma amostra do seu tempo e serviria para contar o seu cotidiano. Esses objetos que até então era visto apenas como suvenir passou a ter uma importância chegando ao ponto de virar símbolos nacionais.
As inscrições têm valores inestimáveis para o trabalho do historiador e do arqueólogo, com sua descoberta e tradução no século XIX, muitas civilizações antigas puderam ser mais bem analisadas. Com as descobertas de inscrições antigas, a formação da história não mais dependia exclusivamente das obras literárias, que de certa forma direcionava a visão para um determinado parâmetro. A partir deste momento as fontes arqueológicas começaram a ter um valor merecido, uma vez que no século XIX e inicio do XX, o positivismo ainda tinha as suas idéias fixas na sociedade, mas seus ideais começaram a cair principalmente no século XX. Com visões mais amplas por parte de diversas disciplinas, tendo como pioneira a contestar a visão positivista os filósofos, pois para estes nem tudo na ciência seria algo comprovado e irredutível. Outras disciplinas seguiram este caminho, o da contestação ao positivismo, inclusive a história. A partir de então uma nova visão histórica começara a surgir, é chamada a história em migalhas, dita por François Dosse. Essa história não só privilegiava os reis e imperadores, como faziam os positivistas, mas abrangia toda a história para as classes menores, seria essa chamada a nova historia, onde as massas participariam dela e seriam decisivas para que ocorresse a mesma.
Com tais mudanças o mundo científico passaria por mudanças drásticas do que se conhecia até o momento. Os arqueólogos com a visão da historia para a massa ganharia um amplo campo de estudo. Diversos intelectuais começariam a publicar suas idéias em livros que no futuro virariam clássicos. Um dos grandes pensadores dessa época sem sombra de duvida, foi Karl Marx e sua teoria sobre o materialismo histórico.
Com tantas fontes, algo que chama a atenção dos pesquisadores e também pode tirar algumas noites de sono são os materiais encontrados, de povos existentes antes da escrita, esses objetos que condizem com o seu cotidiano mostram como eles viviam, mas muitas vezes esses materiais são encontrados em fragmentos e é necessário o pesquisador ter uma idéia preliminar dos acontecimentos. Cada povo chamado de “pré-históricos”, sociedade sem escrita, tem uma característica particular, mas é possível identificar como cada uma dessas sociedades vivia no seu cotidiano, para isso o pesquisador deve ter uma boa interpretação dos objetos encontrados numa escavação.
A conclusão que uma fonte escrita e uma fonte não escrita podem fornecer para um pesquisador pode ser controvérsias, pois muita das vezes a parte da população que detinha o poder da escrita, a faziam de forma parcial, ou seja, colocando a sua visão perante o ocorrido, por isso o pesquisador deve analisar todos os materiais encontrados e verificar todos os pontos de vista para chegar a uma conclusão convincente. Um exemplo desses relatos são a dos romanos, que detinham a escrita e muitas vezes os povos conquistados por eles não tinham essa peculiaridade, com isso os romanos relatavam o que lhe davam prazer e vantagens.
Com as fontes históricas tanto escritas quanto a não escritas devem ser analisadas e interpretadas de maneira a encontrar-se em um contexto convincente, e quanto mais fontes for possível ter de uma sociedade mais perto da verdade o pesquisador se aproximara. As fontes são imprescindíveis para o relato do passado, como diz Funari: “As fontes arqueológicas constituem um manancial extremamente variado para o historiador de todos os períodos da História, do mais recuado passado da humanidade, até os mais recentes períodos e épocas”.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

RESUMO DO CAPÍTULO O PERÍODO ARCAICO NO INTERIOR, EXTRAÍDO DO LIVRO PRÉ - ARQUEOLOGIA BRASILEIRA DO AUTOR ANDRÉ PROUS

O período arcaico no interior vem nos mostrar uma pré-história em nosso país (Brasil), pouco difundida entre as classes estudantis, seja ela em qualquer nível.
As culturas desse período são conhecidas principalmente pelo material lítico e pela característica dos nichos ecológicos, sendo que varias dessas culturas foram contemporâneas.
Quando falado de habitação o texto de Andre Prous, relata que pouco se sabe sobre tal abordagem. A cultura não-material é algo pode ser estudada através dos sepultamentos e da arte rupestre.

AS CONDIÇÕES NATURAIS HOLOCÊNICAS NO INTERIOR DO CONTINENTE BRASILEIRO

Este período representa o fim do pleistoceno e inicio do holoceno, onde é caracterizado por uma oscilação climática, sendo que essas mudanças vinham a interferir nas diversas formas de adaptação do homem ao meio ambiente, ou seja, essas interferências estavam ligadas principalmente a alimentação, pois foi a partir daí que alguns grupos passaram a consumir um numero maior de vegetais e até mesmo de moluscos, levando, por exemplo, numa possível domesticação de plantas.

AS GRANDES TRADIÇÕES LÍTICAS DO INTERIOR DO BRASILEIRO

Essas tradições são mais difundidas no sul do país, pois é neste local que as pesquisas arqueológicas estão mais avançadas. Encontram-se também materiais líticos no centro brasileiro.

AS INDÚSTRIAS MERIDIONAIS

O PRONAPA propôs a nomear as indústrias líticas em duas: UMBU e HUMAITÁ, sendo que existem varias manifestações culturais que envolvem todo o contexto no interior arcaico.

AS PRIMEIRAS PONTAS DE PROJÉTIL NO BRASIL

Partindo do geral para o especifico, o norte do continente americano é característico as pontas de projétil com acaneladura. No Brasil esse material não tem publicado nenhum achado, mas é mencionado em alguns trabalhos

TRADIÇÃO UMBU

“É caracterizada pela presença de pontas de projétil e de uma indústria lítica com lascas retocadas. O retoque é freqüentemente feito com cuidado, podendo ocupar toda a superfície de uma ou de ambas as faces da lasca. Os portadores desta indústria parecem ter ocupado as regiões menos arborizadas; realizando raras incursões nas encostas do planalto, chegaram até o litoral em pelo menos dois pontos. Tardiamente, parece que se espalharam por vários vales, influenciando no Rio Grande do Sul portadores da outra tradição (Humaitá), que adotaram as pontas de flecha”. (Prous, p.149).
Essa tradição procurava abrigar-se nos terraços do planalto meridional e também aproveitavam alguns abrigos no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. As escavações que renderam uma melhor explanação sobre a vida dos nativos brasileiros foi feita no sitio Cerrito Dalpiaz, com as escavações de E. Miller, pois permitiram estabelecer uma ordem cronológica e de materiais arqueológicos que estabeleceram uma melhor precisão sobre a tradição Umbu.
A diferença da tradição Umbu para a Humaitá, esta eminente na indústria lítica, uma vez que a tradição Umbu da uma importância bem maior a rochas mais frágeis (quartzo, sílex, calcedônia, ágata).
A tradição Umbu também se destacava na indústria óssea com a produção de diversos artefatos.

TRADIÇÃO HUMAITÁ

“É caracterizada por instrumentos morfologicamente maciços sobre uma massa central (blocos ou seixos), sendo normalmente desprovida de pontas de projétil de pedra”. (Prous, p.156).
Dentro da tradição Humaitá percebeu-se a presença de varias culturas dentre as quais estão à cultura Altoparanaense e o complexo Itaqui.
A cultura Altoparanaense tem como características principais a localização em outros países que fazem fronteira com o Brasil, como: Argentina e Paraguai. A localização e o tempo de habitação no local dar-se a cor do solo, pois se o mesmo estiver mais escuro significa que a população que ali habitou, ficaram por um período longo. Enquanto a alimentação a cultura Altoparanaense estava em um local propicio a coleta de vegetais e a agricultura. “A indústria é nucleiforme, sendo as lascas muito raras, a não ser em poucas exceções ”... (Prous, p.156).
O complexo Itaqui corresponde à cultura Cuareimense, da Argentina, incluindo ai as indústrias do sudoeste gaucho. Temos neste complexo (Itaqui I, II).
Complexo Itaqui I é caracterizado pela indústria feita a partir de seixos, os instrumentos são de grandes dimensões e bem patinados. O sitio arqueológico é encontrado em uma profundidade acentuada.
O complexo Itaqui II é caracterizado por uma indústria que comporta uma porcentagem maior de lascas retocadas retiradas de núcleos de arenito metamorfizado. Quanto a característica do sitio, diferentemente do Itaqui I, o complexo Itaqui II é um sitio mais raso.
Temos ainda varias outras manifestações da tradição Humaitá. No estado do Rio Grande do Sul, a fase Camboatá, nos vales dos rios Antas e Pelotas, os raros sítios pré-cerâmicos formam a fase Antas, temos ainda a fase Canhembora no Rio Grande do Sul e a fase Inajá, cujos sítios ocupam um baixo terraço do Paranapanema.

AS INDÚSTRIAS DE LASCAS SEM PONTAS DE PROJÉTIL

“Um grande número de sítios, particularmente nos estados de São Paulo e Paraná, entra nesta categoria, talvez filiando-se à grande família das culturas de lascas do centro brasileiro. Em alguns sítios, como o Camargo, a mesma indústria é observada em vários níveis estratigráficos e até nos níveis tupiguaranis ceramistas, sendo a única modificação o desaparecimento das pontas de projétil nas camadas médias e superiores”. (Prous, p.165).
Os locais onde foi encontrado tais vestígios são: no Paraná, perto de Rio Claro (SP), perto de Ribeirão Preto (SP).

AS INDÚSTRIAS DO BRASIL CENTRAL
Os abrigos nesta região são todos localizados em abrigos, havendo raras exceções em sítios abertos.
O centro mineiro, Lagoa Santa, Serra do Cipó, Montes Claros. Pode ser definido como arcaico antigo, onde neste período foram utilizadas varias grutas, tanto para sepultamentos quanto para abrigo. A indústria lítica em sua maioria é caracterizada por pequenas lascas de quartzo, com certa quantidade de jaspe e calcedônia.
O médio arcaico é conhecido por conter um grande numero de sítios. A indústria lítica se utilizava do grande numero de quartzo que se encontra na região, mas também era utilizado outros tipos de materiais como: o sílex, jaspe e calcedônia, todos e menor número. Temos ainda neste período a utilização de conchas.
O arcaico recente, onde a indústria lítica baseia-se exclusivamente em lascas de quartzo, cuja debitagem é controlada em certos componentes. Na indústria óssea não contem mais as espátulas do período anterior, a alimentação demonstra uma utilização preferencial dos recursos do cerrado e do cerradão e, secundariamente a água. Nas fogueiras maiores em camadas de ocupação intensiva, a caça tem um papel importantíssimo neste período.
“O período arcaico finalmente aparece como muito complexo e impossível de ser caracterizado ou subdividido claramente. Não existem ‘fósseis-guia’ válidos fora de seqüências muito localizadas. Técnicas como o polimento e a confecção de pontas de projétil bifaciais seriam encontradas desde o início do Holoceno, mas tiveram uma difusão muito irregular, ainda que numa mesma região, coexistindo grupos que as utilizavam ou as dispensavam até o final do período”... (Prous, p.197)


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

PROUS, Andre. Arqueologia Brasileira.UNB, Ed. 1991
A CIDADE DE INGÁ - PB E SUAS DIVERSAS TEORIAS SOBRE AS GRAVURAS ENCONTRADAS EM SEU TERRITÓRIO

A cidade de Ingá, no agreste paraibano contém um material arqueológico único no mundo, a Pedra do Ingá. Essa pedra que leva o nome da cidade deixa muitos estudiosos com receio, pois até hoje não se sabe a origem concreta das gravuras encontradas na pedra, gravuras essas, em alto relevo e de beleza incomparável.
A Pedra do Ingá, localizada na cidade do Ingá, como já foi mencionado, está localizada na Fazenda da Pedra lavrada, nome esse bastante sugestivo, devido ao material arqueológico encontrado. A pedra onde estão localizadas as figuras mede 03m de altura, por 24m de comprimento e é composto por material denominado gnaisse.
Sendo essa pedra única, intriga os estudiosos e gera diversas teorias sobre o seu aparecimento, ou seja, quem foi, ou foram, o(s) autor (es) de suas gravuras?
A Pedra do Ingá está conceituada na tradição Itacoatiara, o que significa que as gravuras encontradas estão próximas ou dentro de algum rio, mas essa tradição é muito comum na região norte do território brasileiro, por isso a Pedra do Ingá é uma unanimidade na região nordeste, quando se diz que ela é única. As teorias que são divulgadas estão ligadas a extraterrestres, aos fenícios e ao povo nativo da região.
A primeira teoria mencionada, diz que os extraterrestres foram os autores das gravuras da Pedra do Ingá, mas como todos sabem, quando se tem algo de difícil definição é muito simples dar a autoria aos alienígenas, como se prova com teorias cientificas que foram eles quem o fizeram, uma vez que até o momento não se sabe até mesmo da existência deles.
A segunda teoria constatada, diz respeito à autoria dos fenícios. Talvez até pudesse ser, pois os mesmos eram exímios navegadores, como muitos povos da antiguidade, mas a data provável da execução das gravuras é de 6.000 a.c, sendo assim seria impossível dar essa autoria a algum povo do oriente antigo, uma vez que as primeiras civilizações e as primeiras escritas da humanidade são constatadas há + - 4.000 a.c. Caso fosse provado a produção das gravuras na Pedra do Ingá pelos fenícios ou qualquer outro povo da antiguidade, causaria uma revolução na humanidade em relação a invenção da escrita.
A terceira teoria é algo pra analisar bem e no ponto de vista cientifico a mais contundente, sendo esta a que da aos povos nativos a autoria das gravuras.
Quando se diz que os povos nativos foram os responsáveis pela confecção das gravuras, é bastante lógico, pois temos na pedra desenhos que lembram alguns animais da região, constelações, entre outros. E essas imagens só podem ser observadas e gravadas na pedra por algum povo que vivesse no local cotidianamente.
Para poder ter uma analise mais contundente sobre as teorias vistas neste texto e talvez elaborar uma teoria diferente, seria necessário voltar ao local diversas vezes e em diversos horários, para compreender tais gravuras.
No final da Idade Média (séculos XIV e XV), ocorreu uma forte centralização política nas mãos dos reis. A burguesia comercial ajudou muito neste processo, pois interessa a ela um governo forte e capaz de organizar a sociedade. Portanto, a burguesia forneceu apoio político e financeiro aos reis, que em troca, criaram um sistema administrativo eficiente, unificando moedas e impostos e melhorando a segurança dentro de seus reinos.
Nesta época, o rei concentrava praticamente todos os poderes. Criava leis sem autorização ou aprovação política da sociedade. Criava impostos, taxas e obrigações de acordo com seus interesses econômicos. Agia em assuntos religiosos, chegando, até mesmo, a controlar o clero em algumas regiões.
Todos os luxos e gastos da corte eram mantidos pelos impostos e taxas pagos, principalmente, pela população mais pobre. Esta tinha pouco poder político para exigir ou negociar. Os reis usavam a força e a violência de seus exércitos para reprimir, prender ou até mesmo matar qualquer pessoa que fosse contrária aos interesses ou leis definidas pelos monarcas.
Exemplos de alguns reis deste período:

Henrique VIII - Dinastia Tudor: governou a Inglaterra no século XVII

Elizabeth I - Dinastia Stuart - rainha da Inglaterra no século XVII

Luis XIV - Dinastia dos Bourbons - conhecido como Rei Sol - governou a França entre 1643 e 1715.

Fernando e Isabel - governaram a Espanha no século XVI.

Teóricos do Absolutismo
Muitos filósofos desta época desenvolveram teorias e chegaram até mesmo a escrever livros defendendo o poder dos monarcas europeus. Abaixo alguns exemplos:

Jacques Bossuet: para este filósofo francês o rei era o representante de Deus na Terra. Portanto, todos deveriam obedecê-lo sem contestar suas atitudes.

Nicolau Maquiavel: Escreveu um livro, “O Príncipe", onde defendia o poder dos reis. De acordo com as idéias deste livro, o governante poderia fazer qualquer coisa em seu território para conseguir a ordem. De acordo com o pensador, o rei poderia usar até mesmo a violência para atingir seus objetivos. É deste teórico a famosa frase: “Os fins justificam os meios.”.

Thomas Hobbes: Este pensador inglês, autor do livro " O Leviatã ", defendia a idéia de que o rei salvou a civilização da barbárie e, portanto, através de um contrato social, a população deveria ceder ao Estado todos os poderes.

Mercantilismo

Podemos definir o mercantilismo como sendo a política econômica adotada na Europa durante o Antigo Regime. Como já dissemos, o governo absolutista interferia muito na economia dos países. O objetivo principal destes governos era alcançar o máximo possível de desenvolvimento econômico, através do acúmulo de riquezas. Quanto maior a quantidade de riquezas dentro de um rei, maior seria seu prestígio, poder e respeito internacional.

Podemos citar como principais características do sistema econômico mercantilista :

Metalismo: o ouro e a prata eram metais que deixavam uma nação muito rica e poderosa, portanto os governantes faziam de tudo para acumular estes metais. Além do comércio externo, que trazia moedas para a economia interna do país, a exploração de territórios conquistados era incentivada neste período. Foi dentro deste contexto histórico, que a Espanha explorou toneladas de ouro das sociedades indígenas da América como, por exemplo, os maias, incas e astecas.

Industrialização: o governo estimulava o desenvolvimento de indústrias em seus territórios. Como o produto industrializado era mais caro do que matérias-primas ou gêneros agrícolas, exportar manufaturados era certeza de bons lucros.

Protecionismo Alfandegário: os reis criavam impostos e taxas para evitar ao máximo a entrada de produtos vindos do exterior. Era uma forma de estimular a indústria nacional e também evitar a saída de moedas para outros países.

Pacto Colonial: as colônias européias deveriam fazer comércio apenas com suas metrópoles. Era uma garantia de vender caro e comprar barato, obtendo ainda produtos não encontrados na Europa. Dentro deste contexto histórico ocorreu o ciclo econômico do açúcar no Brasil Colonial.

Balança Comercial Favorável: o esforço era para exportar mais do que importar, desta forma entraria mais moedas do que sairia, deixando o país em boa situação financeira.

Mercantilismo, teoria econômica que acompanhou o absolutismo na Europa nos séculos XVI e XVII e XVIII. Assim como o absolutismo dava ao monarca poder absoluto por força do Direito Divino (O Rei tinha autoridade promanada de Deus), pela mesma razão cabia-lhe conduzir, com seus ministros, a economia nacional. Foi o economista inglês Adam Smith, no seu Wealth of Nations ("A Riqueza das Nações"), de 1776, que denunciou o procedimento e lhe deu o nome Mercantilismo, que ele passou a combater.

Na teoria mercantilista, a base de sustentação da economia eram os estoques de ouro e prata, o comércio e a indústria. A nação que não tivesse minas, deveria obter aqueles metais preciosos através do comércio. O país devia buscar exportar mais que importar. As colônias deveriam ser mantidas como consumidoras dos produtos da metrópole e ao mesmo tempo fornecedoras de matéria prima para a metrópole. A manufatura era proibida nas colônias, onde todo o comércio era monopólio da metrópole. Para ser forte uma nação deveria ter uma grande população, que constituiria seu mercado interno, além de criar abundância de mão de obra e forças de defesa. A austeridade era fundamental, a fim de que houvesse pouca necessidade de importação, principalmente de artigos de luxo. O povo e o governo deviam poupar e ser parcimoniosos nos gastos.

Os inimigos do mercantilismo argumentavam que não havia diferença entre o comércio interno e o comércio externo, pois todo comércio beneficiava tanto o mercador quanto o consumidor, e condenavam a poupança por retirar recursos do mercado. Negavam que uma nação pudesse crescer economicamente apenas suplantando outras nações através do comércio, porque o comércio somente se manteria em duas vias, de entrada e saída.


O ESTADO MODERNO E O MERCANTILISMO

OBJETIVO:

Esta lição visa dar início ao estudo da fase histórica correspondente à idade moderna. Onde houve o progresso de uma nova estrutura socioeconômica que conservava traços da ordem feudal medieval.

PRÉ-REQUISITO:

Ter visto as lições correspondente ao período da idade média.

O ESTADO MODERNO

A idade moderna inicia-se em 1453, com a tomada de Constantinopla pelos turcos e estende-se até 1789 com o início da revolução francesa.
O século XV marcou uma nova fase do processo histórico da Europa Ocidental. Estruturou-se uma nova ordem sócio-econômica –o capitalismo comercial. Onde a nobreza mantinha as “aparências” de poder por causa das suas terras e títulos. Embora estivessem em dificuldades financeiras, ainda sim queriam se impor segundo as novas regras da economia. Já a burguesia, mesmo com próspero comércio, não conseguia ser a classe dominante junto a aristocracia.
A idade moderna , na verdade pode ser considerada como um período de transição, que valorizou o comércio e a capitalização, que serviam de base para o desenvolvimento do sistema capitalista.

COMO SE FORMOU O ESTADO MODERNO?

A idade moderna foi bem diferente da idade média. Pode-se dizer que suas características foram bem opostas. A idade média foi marcada por:

» regionalismo político- onde os feudos e as comunas tinham autonomia política, causando a fragmentação no sistema administrativo;

» o poder da igreja- que enfatizava e colocava a autoridade do Papa sobre os reinos da época.

No estado moderno desenvolveu-se a noção da soberania, ou seja, a idéia de que o soberano ( governante) tinha o direito de consolidar suas decisões perante seus súditos( ou governados) que morassem no seu território.
Para isso ocorrer, o estado desenvolveu vários meios para controlar a política de seu território. Alguns desses meios foram:

» burocracia: funcionários que cumpriam ordens do rei e desempenhavam as tarefas de administração pública. Estes cargos eram ocupados pela nobreza palaciana e pela alta burguesia.

» Poder militar: incluía toda as forças armadas- marinha, exército e polícia- para assegurar a ordem pública na sociedade e o poder do governo.

» União da justiça- a legislação passou a valer em todo o território nacional.

» Sistema tributário: ou seja, sistema de impostos regulares e obrigatórios para manter o governo e a administração pública.

» Idioma oficial: um mesmo idioma falado em todo território do estado, que transmitia as leis, ordens e tradições da nação , além de valorizar seus costumes e cultura.

O estado moderno também é conhecido como estado absolutista, porque o poder estava concentrado nas mãos de poucos ( reis e ministros) que se aproveitavam das limitações dos grupos sociais dominantes( a nobreza e a burguesia) para controlar a política.
O estado dependia dos impostos arrecadados sobre as atividades comerciais e manufatureiras. Por isso era necessário o estado ter burgueses em cargos do governo, incentivar o lucro , a expansão do mercado e a exploração das colônias.

A BASE DO ABSOLUTISMO E MERCANTILISMO

A base teórica do absolutismo foi dada por Jacques Bossuet e Thomas Hobbes. Bossuet defendia o direito divino dos reis; seus atos eram superiores ao julgamento dos homens. Já Hobbes justificou o absolutismo , a partir do fato dos homens entrarem em um acordo , onde o poder ficaria como rei e a ordem seria estabelecida.
Essas monarquias regulavam suas economias de acordo com as práticas mercantilistas que tinham por base:

» aumentar a qualquer custo as economias da Coroa;

» vender mais do que comprar;

» incentivar a produção interna, incluindo as colônias, para assim ter uma balança comercial favorável;

» adotar medidas de proteção para as manufaturas e controlar as taxas alfandegárias sobre os produtos importados;

» conquistar colônias e explorar produtos de alto valor comercial na Europa;

» a aliança da burguesia mercantil com os reis em favor dos seus interesses econômicos. Com isso a burguesia conseguiu até mesmo formar um exército forte.

Nesse período , teve um estado interventor, que atuava em todos os setores da vida nacional. Na economia, essa intervenção manifestou-se através do mercantilismo.

O MERCANTILISMO

Mercantilismo foi o conjunto de teorias e práticas de intervenção econômica. Era um sistema complexo e envolvia teorias exatas sobre produção manufatureira, utilização da terra e do poder do estado. Pode-se dizer que era uma política de controle e incentivo, onde o estado buscava garantir o seu desenvolvimento comercial e financeiro e também o seu poder.
Sua base principal foi o metalismo, ou seja, a riqueza e o poder de um estado de acordo com os metais preciosos acumulados; a balança comercial favorável, exportar mais do que importar; e para diminuir a importação. Com esses princípios foram aplicados?
Um exemplo, na Espanha, o estado investiu em metais preciosos, através da exploração colonial americana e para por restrições as importações, priorizou o metalismo.

Mercantilismo nos séculos XVI-XVIII

Na França, principalmente no século XVII, o governo tentou diminuir as importações e aumentar o valor das exportações, por estimular as manufaturas, em especial àquelas voltadas para a produção de artigos de luxo e para esse objetivo, tendo a criação de diversas companhias de comércio. Seu maior defensor – o ministro de Luis XIV, Colbert, por isso na França o mercantilismo foi chamado de colbertismo,e também de industrialismo, visto que essa política econômica dava prioridade as industrias. Além de ter incentivos para a construção naval, com tudo isso a França conseguiu conquistar o mercado externo.
Na Inglaterra, o governo favoreceu o desenvolvimento naval para a exportação para a exploração do comércio externo. Também incentivou a produção manufatureira e protegendo-a da concorrência através de uma forte política alfandegária. houve várias medidas de proteção ao comércio marítimo. Um exemplo: foi a criação de leis contra o transporte de produtos da metrópole e das colônias inglesas por navios estrangeiros. Esta lei evitava gastos com fretes para navios estrangeiros e impedia a evasão de moedas para o exterior, deixando o lucro do comércio no país.
Estes foram os atos de navegação, que serviram para o desenvolvimento comercial inglês.
No século XVI Portugal e Espanha tomaram a liderança nas mudanças econômicas na Europa. Também tomaram a frente na expansão ultramarina, logo acabaram sendo os primeiros a se beneficiar das riquezas das terras descobertas.
A Espanha foi a mais beneficiada, pois teve suas colônias de exploração eram metais preciosos.
Pacto colonial: sistema que consistia na passagem obrigatória pela metrópole dos produtos que entravam ou saíam da colônia. Todos os produtos manufaturados da metrópole deviam produzir de acordo com as exigências do mercado , para garantir lucros à coroa e a burguesia.
A Espanha logo enriqueceu, por causa do acúmulo de metais preciosos. Mas o excesso desses metais gerou à longo prazo, problemas para a economia espanhola.
Porque isso fez com que diminuísse as atividades agrícolas fazendo a Espanha depender das importações. Esse problema espalhou-se por outros países europeus.
Esta crise favoreceu os países produtores ( França, Holanda e Inglaterra), pois estes países se voltaram para o comércio e para a produção como meio de entesouramento.

A RELAÇÃO : ECONOMIA E POLÍTICA NO MERCANTILISMO

O comércio permitiu ao governo manter e sustentar novas necessidades. Como: os exércitos a serviço do rei. Visto que o exército era importante para a defesa do estado nacional, a extensão política do mercantilismo econômico.Essa relação- rei e burguesia- tinha suas vantagens. O rei controlava o recolhimento de impostos , que tinha uma parte reservada para o exército. A burguesia recebia a proteção militar e política para continuar com projetos econômicos
RESENHA SOBRE:

TEORIAS DO CONDICIONAMENTO:
CONDICIONAMENTO CLÁSSICO

O condicionamento clássico criado por Ivan Pavlov tem como base a reação inata, ou seja, o sujeito sofrerá um condicionamento quando estimulado. Exemplo: Pavlov condicionou seu cachorro a salivar sempre que tocasse algum tipo de campanhinha ou ascendesse algum tipo de lâmpada, pois esse condicionamento já possui uma resposta estabelecida através do estimulo anterior.
O condicionamento instrumental influi nas questões de um comportamento perante o objetivo.
Temos algumas diferenças entre o condicionamento clássico e o condicionamento instrumental.
A) Classe de resposta: no condicionamento clássico a resposta será a mesma, seja ela para a resposta condicionada, ou não. Diferentemente ocorre no condicionamento instrumental, onde o resultado final, ou seja, a resposta incondicionada será diferente da resposta condicionada.
B) Relações contingentes entre estímulos condicionados e incondicionados: no condicionamento clássico o reforço esta sob o poder do experimentador, enquanto no condicionamento instrumental o reforço encontra-se no próprio organismo que desenvolve o comportamento.
Quando fala-se em princípios do condicionamento, tanto pode ser para o clássico quanto para o instrumental, pois ambos são bastante semelhantes neste quesito. E são abordados alguns pontos importantes como:
1. Principio da generalização – quando é utilizada uma experiência com algum animal, e este seja levado a um tipo de condicionamento, temos como exemplo o cão de Pavlov, esse animal ao perceber o tocar da campainha, vai associá-lo ao alimento, mas será que qualquer campainha que tocar ele vai pensar na comida e salivar? Esse é o principio da generalização. “...; Continuidade entre o condicionamento e outras formas de comportamento: a semelhança de estímulos, a complexidade do padrão de estímulos e a freqüência da prática influem no grau de generalização, indicando a continuidade entre o condicionamento no grau de generalização, indicando a continuidade entre o condicionamento e outras formas de comportamento.” (DINAH MARTINS, p.181-182).
2. Princípio do reforço: este principio influi no grau de condicionamento original.
3. Principio da discriminação condicionada: ocorre quando o sujeito é estimulado e condicionado a tal processo, quando ver outro diferente vai ter o repudio, e vai ignorá-lo.
4. Principio da extinção: é algo interessantíssimo, já que retrata uma condição sobre outra condição, exemplo: quando o cão de Pavlov foi condicionado a comer o alimento todas as vezes que a campainha era tocada e a partir do momento em que esse alimento não é posto mesmo a campainha sendo tocada, o cão vai extinguir esse mecanismo, então ele estará condicionado a rejeitar a campainha, mas é preciso estar atento aos aspectos da extinção que são: velocidade da extinção, efeitos secundários e utilidade da extinção.
5. Principio da recuperação: quando se coloca os princípios da extinção é necessário lembrar que o principio da recuperação vem para aflorar o condicionamento esquecido, exemplo: quando o cão de Pavlov foi condicionado a salivar todas as vezes em que ouvia a campainha e este mecanismo foi alterado, numa tentativa futura com a campainha o cão recuperara a memória e associara o som novamente ao alimento.
“A reação condicionada é mais flexível e mais voluntaria do que o reflexo condicionado; mas apesar disso, há pouca diferença entre ambos, em seu processamento.” (DINAH MARTINS, p.184).
Existem quatro tipos de condições para que se processe a aprendizagem por condicionamento:
1. “Existência de respostas incondicionadas naturais do organismo ou respostas condicionadas muito bem estabelecidas.” (DINAH MARTINS, p.184).
2. “Repetição da reação ou duração no tempo, a fim de permitir que os fatores efetivos operem.” (DINAH MARTINS, p.184).
3. “Recentividade, isto é, o espaço de tempo separando os dois estímulos ou respostas, a serem ligados, não deve ser tão grande, para que a associação não se espalhe ou irradie.” (DINAH MARTINS, p.184).
4. “Motivação e predisposição para a realização, como na experiência clássica de Pavlov em que o cão está faminto e há comida à vista.” (DINAH MARTINS, p.184).

Os tipos de respostas condicionadas estão divididos em duas:
1 – Segundo a padronização temporal, este dividido nos tipos:
a) Simultânea, onde os estímulos são apresentados juntos, seja eles artificiais ou naturais.
b) Retardada, ocorre quando o estimulo artificial precede o natural de cinco segundos.
c) condicionamento de traços dá-se quando em um experimento artificial antecede o natural, e logo em seguida interrompe para iniciar o estimulo natural, e então irá percebe-se os traços do estimulo artificial.
d) condicionamento invertido, o próprio nome já informa, pois se trata de uma inversão do que ocorre com o condicionamento de traços, só que neste o estimulo é iniciado pelo estimulo natural e interrompido antes do estimulo artificial.
2 – Segundo o número de condicionamento, esta resposta condiz com o número de condicionamento que o sujeito esta sendo exposto como explica em relação ao cão de Pavlov. Se o cão estiver exposto à luz e sendo estimulado e depois juntamente a luz soar uma campainha, o cão irá associar a lâmpada e a campainha e com novas tentativas poderá deixar a lâmpada e o cão passara a ser estimulado somente com a campainha.
Pavlov criou quatro leis que dizem como respeito ao seu pensamento sobre o condicionamento, que são apresentadas da seguinte forma: determinado, estimulo natural ou incondicionado, determinado estimulo neutro ou inespecífico que se tornou eficaz e ativo por condicionamento, determinado estimulo que provoque resposta especifica, determinado estimulo condicionado desde que atue seguidamente por algum tempo.
Falamos nas paginas anteriores sobre o condicionamento clássico e instrumental, estes condicionamentos podem levar a um sujeito seguir certo padrão desejado por alguém, vejamos um exemplo colocado no texto de Dinah Martins, “uma criança, por exemplo, vê o aquecedor e ouve alguém dizer ou , ao mesmo tempo em que toca no aquecedor e retira a Mao rapidamente, para evitar a queimadura”. Este trecho relata muito bem o condicionamento, mas sabemos que a criança não irá colocar mais a mão a não ser que o aquecedor esteja desligado, pois é racional o suficiente para entender que o calor queima, e não é só o aquecedor que a criança vai aprender a não tocá-lo, quando estiver ligado, mas irá evitar todas as coisas que lhe traga algum malefício. As leis de condicionamento seja este clássico, Pavlov, ou operante, Skinner, podem funcionar por algum instante nos animais irracionais, mas nos seres humanos é algo variável, uma vez que, o ser humano é um ser pensante e deriva de opinião e irá raciocinar sobre determinado fato. Tiramos como exemplo o cão de Pavlov, se no lugar fosse colocado um homem de 25 anos, e fosse lhe dado comida tocando o sino, ele iria associá-lo a hora de comer, como ocorre com diversas empresas na hora do almoço, mas a diferença do homem para o cão é que o homem já esta esperando a camainha ser tocada e sabe que ela será tocada, diferentemente do cão.
Então para concluir, o condicionamento pode ser aplicado em alguns lugares, como forma de inicialização de uma aprendizagem, mas nunca deve ser substituído pelo raciocínio, pois o ser humano deve pensar e pensar.
UM BREVE DISCURSO SOBRE OS SÍTIOS ARQUEOLOGICOS EM SERGIPE

Em Sergipe os sítios arqueológicos protegidos por alguma instituição competente (Petrobras, Chesf, Ifhan, etc), estão bem assegurados, mas existem milhares de sítios arqueológicos em nossa terra esperando para serem postos ao conhecimento da população pelo intermédio dos cientistas responsáveis por essa área.
Para que um arqueólogo possa trabalhar em prol da população é necessária a boa vontade dos governantes, uma vez que é o estado o responsável pela destruição de vários sítios arqueológicos, pois para se fazer uma construção em grande escala é preciso um salvamento arqueológico, fato esse que raramente é feito. Em nosso estado o mais conhecido projeto de salvamento foi o da construção da hidrelétrica de Xingó, onde proporcionou um grande avanço em nossa história, sendo que foi através desta obra que teve como etapa inicial o salvamento arqueológico e o ponta-pé inicial para a construção do MAX – Museu Arqueológico de Xingó.
Temos em nosso estado grandes áreas com qualidade invejável para a arqueologia, como é o caso de Laranjeiras e São Cristovão, ambas são cidades históricas, mas pouco foi feito quando o assunto é salvamento arqueológico.
Esse não é um adjetivo exclusivo do sergipano, desprezar sua origem e sua história, o brasileiro em si já o despreza. Como o Brasil quer se desenvolver se não desenvolve intelectualmente, impossível.
Na Europa tamanha capacidade, em termos turísticos, seria muito bem aproveitado, pois temos como exemplo uma pequena cidade na Espanha, que reuniu replicas de achados arqueológicos na Europa e construiu um museu na cidade, resultado, essa cidade é uma das mais visitadas da Espanha sem mesmo ter o material original, e nós aqui em Sergipe – Brasil temos um potencial invejável e o que fazemos, descartamos, jogamos fora, viramos a cara, e isso é jogar o seu passado no lixo e queimá-lo.
Quando se fala em potencial elevado, é porque realmente temos tal desempenho, vejamos algumas possíveis áreas, que hoje estão abandonadas e que poderiam se torna grandes centros de turismo em nosso estado e assim trazendo desenvolvimento econômico, intelectual e cultural, para todos:
Trapiche – Laranjeiras (está encaminhado, graças a UFS)
Margens do rio Sergipe – Serra do Machado em Moita Bonita
Igrejas as margens das rodovias estaduais e federais em nosso estado
Entre outros locais.
Percebe alguns locais, se estes se desenvolvessem traria para as localidades em particular um novo horizonte de bem estar e conhecimento.
DERTEMINACIÓN DE PROCESOS DE FRACTURA SOBRE HUESOS FRESCOS: UN SISTEMA DE ANÁLISIS DE LOS ÁNGULOS DE LOS PLANOS DE FRACTURACIÓN COMO DISCRIMINADOR DE AGENTES BIÓTICOS. (TÍTULO DO TEXTO, ABAIXO ESTÁ A RESENHA).

Esse texto trata-se de um estudo sobre ossos fraturados e fragmentados, tendo como titulo o já mencionado acima. Texto este produzido por diversos autores, onde esses tratam o assunto com minuciosa observação e perfeita analise e conclusão sobre o estudo.
Os ossos quando fraturados podem ser analisados por diversos ângulos e perspectivas, sendo observados, desde o ângulo do impacto até mesmo o causador da fratura.
Quando a fratura ou o fragmento do osso é estudado, é necessário analisar se o osso é seco ou fresco, pois este detalhe influência diretamente na conclusão do estudo. Sendo o osso seco, a fratura ou fragmento será mais intenso, pois neste tipo de osso não há elasticidade, contudo fica em evidencia a sua maior fragilidade. Com uma projeção totalmente diferente, os ossos frescos podem até mesmo dobrar, dependendo da circunstância. Por ser fresco esse tipo de osso mostra em sua superfície o colágeno que é responsável pela flexibilidade e resistência.
As fraturas ou fragmentos podem ser causados por três tipos de agentes: antrópico, carnívoro ou biológico. Cada tipo desses agentes deixa uma marca característica própria, sendo percebidas por especialistas e estudos feitos com o material estudado.
As características deixadas pelo agente antrópico (homem) são percebidas através de uma abordagem mais “cuidadosa”, com relação ao osso, uma vez que, a partir do momento em que o homem sai pra caçar, ira deixar marcas de sua investida em busca do alimento e nesse cenário será analisado todo um processo de cultura em meio a sociedade estudada. Um osso tocado pelo homem pode trazer informações interessantes do ponto de vista, tanto arqueológico, quanto histórico e porque não ambiental.
Essa fratura ou fragmento, quando analisada e dita que foi feita pelo homem, surge uma imensidão de hipóteses. Cada uma dessas hipóteses possíveis é analisada e comparada as características da sociedade que o osso esta inserido. Essa contextualização do osso é necessária para identificar diversos graus de complexidade em uma única população. Cada osso pode identificar o grau de importância social dentro do grupo, se alguns tinham privilégios diante de outros? Qual a parte preferida daquele bando? Os descarne ocorria dentro do aldeamento, ou fora dele? Se o osso era utilizado em rituais religiosos? O osso era utilizado para confecções de utensílio do dia a dia, como agulhas, e até mesmo armas? São diversas interrogações, que um estudo apurado do osso pode responder claro que será necessário colocá-lo, em um contexto, pois se estiver fora deste, as informações dificilmente servirá para algo.
Os agentes carnívoros (animais irracionais), deixam suas marcas de uma forma mais irregular do que as deixadas pelos agentes antrópicos. Os carnívoros quando partem pra caça procuram sempre atacar o ponto fraco de sua presa. Esse ataque ocorre principalmente na região do pescoço. Quando o carnívoro está satisfeito, sai e deixa os restos alimentares no local, e se esse local for utilizado também pelo homem, é possível analisar se foi o homem, ou algum animal que produziu as fraturas ou fragmento nos ossos. Isso ocorre muito em sítios onde os homens eram carniceiros, ou seja, se aproveitavam dos restos de outros animais, e o osso fica com a marca dos dois agentes.
O terceiro agente é o meio ambiente (biológico), pois uma planta pode muito bem quebrar um osso. Isso irá depender muito do cotidiano dos animais e das condições climáticas.
Exposto os agentes causadores das fraturas e dos fragmentos, cabe-se necessário colocar os tipos de fratura, ou seja, a posição que estes foram feitos, e o tipo de impacto sofrido pelo osso.
Os dois impactos gerais e principais sofridos pelo osso são: impacto por pressão e por percussão.
Impacto por pressão é causado geralmente pelos carnívoros e é apresentado quando o animal caçado (presa) sofre principalmente uma mordida do caçador, esse ato de morder feito pelo caçador, implicara em uma característica comum, pois todos os ossos quando sofrem esse tipo de impacto deixam características claras.
O impacto conhecido como percussão, é causado pelo agente antrópico. Ele utiliza-se um tipo de ferramenta para poder derrubar a presa, seria em um linguajar mais popular, esse caçador antrópico daria uma pancada no animal para derrubá-lo.
Pressão tem como uma característica a mordida e a percussão a pancada sobre o animal. O interessante, e então agora volta a questão da contextualização, se um animal (caçador), abate sua presa, alimenta-se ali mesmo no local de abate, quando estiver satisfeito vai embora, deixando pra trás os restos alimentares, o homem carniceiro vem e aproveita-se dos restos e come, a partir daquele momento serão observados dois tipos de agentes causadores da fratura ou de fragmento no osso e talvez dois tipos de impacto para a obtenção da carne, o impacto por pressão e por percussão.
Cada osso seja ele seco ou fresco sofrera um impacto diferente e também ira depender muito da força utilizada tanto pelo homem quanto pelo carnívoro. O texto trás ainda gráficos que mostram com mais nitidez o impactos que os agentes causam ao osso. Os cortes, ou seja, os impactos nos ossos seja este seco ou fresco, em animais de grande porte ou de animais de porte pequeno, podem ter três tipos de características: longitudinais, quando o osso é atingido de uma forma reta e rente ao osso, sendo essa fratura aponta de uma extremidade a outra, e não necessariamente deva atingir os extremos, mas deve seguir essa linha; transversal, o osso será atingido de forma que o impacto passe pela circunferência, não necessariamente divida o osso ao meio, mas sim tenha esse sentido transversal; obliquo, o osso sofrera um impacto em diagonal. Cada impacto trará consigo uma identidade única.
Sendo dessa forma o osso quando esta, fragmentado ou fraturado, deve-se colocá-lo em um contexto para poder analisá-lo e dizer o que causou tal processo, se foram os carnívoros ou os seres humanos.